sexta-feira, 4 de junho de 2010

Balneário reabre em Caxambu

Depois de quatro anos fechado para obras de restauro e modernização, o balneário do Parque das águas de Caxambu, no Sul de Minas, está reabrindo as portas hoje. A solenidade de reinauguração acontece às 17 horas, no próprio balneário, com a presença do governador Antonio Anastasia. As obras que custaram R$ 7,5 milhões, recursos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), envolveram os trabalhos de dezenas de profissionais.

De acordo com a assessora administrativa do Parque das Águas, Giselen Maciel, todo o trabalho exigiu muita dedicação e cuidados, já que o maior objetivo era a preservação dos traços arquitetônicos da construção original que está completando 100 anos.

“Havia muita tinta sobre tinta que teve de ser retirada, num trabalho minucioso que levou tempo e paciência. A proposta não era de uma reforma, mas de restauro de uma obra valiosa para nós. O balneário foi um marco na história de Caxambu e continua ser o nosso prédio mais importante”, ressalta Giselen.

Para atender, no entanto, às exigências dos clientes atuais, houve a necessidade de adequações e inovações. “Hoje temos técnicas muito mais modernas de banhos, massagens, tratamentos vários e tínhamos de proporcionar isso ao visitante que busca por este tipo de serviço”, reconhece.

Das antigas banheiras que serviam aos banhos hidroterápicos, tanto da ala feminina quanto da masculina, restaram apenas uma em cada local, destinadas aos banhos em que as águas têm o enxofre na composição. “São banheiras europeias, especiais para este tipo de água”, esclarece Giselen. Além destas banheiras antigas, em cada ala, outras sete unidade novinhas estão à disposição dos novos frequentadores do local, que passou a abrigar também um SPA.

Novas instalações hidráulicas

As obras incluíram novas instalações hidráulicas e elétricas. Também foram recuperados antigos vitrais, pinturas e a decoração do hall principal do balneário, além de toda a mobília, pisos e azulejos.

O balneário agora tem uma piscina coletiva de hidromassagem que comporta até 32 pessoas, com rampa para cadeirantes. As banheiras são abastecidas com água das fontes Mayrink e Venâncio, que contêm propriedades indicadas ao tratamento da pele e ajudam a combater o estresse e a promover o relaxamento.

Amplo cardápio de banhos

Entre os banhos oferecidos estão os sulfurosos, banho turco (indicado para desintoxicar o organismo) e as duchas Vichi, circular e escocesa. O cardápio de massagens também é amplo, incluindo uma série de opções das milenares técnicas orientais, reflexologia, drenagem linfática e massagem sueca.

O local oferece ainda vários serviços de esteticistas, como as limpezas de pele e outros. Para quem pensa que tudo isso é divino, mas deve custar uma fortuna, vale conferir as tabelas de preços e serviços afixadas logo na entrada do balneário. Um limpeza de pele com toda a assistência dos profissionais e as técnicas que agregam o poder das águas medicinais das fontes, por exemplo, custa R$ 60, e os banhos hidroterápicos são oferecidos a partir de R$ 15.

“Nossos serviços estão ao alcance da grande maioria das pessoas”, assegura. Se somam ao poder das águas, as instalações agora modernas, a gama de serviços oferecidos e o quadro de profissionais qualificados, como massagistas, esteticistas, termalistas, enfermeira, que trabalham sobre a supervisão do administrador exclusivo do balneário, o massoterapeuta Celso Amil, especialista em tratamentos com águas minerais. “A proposta é retomar as atividades oferecendo tudo de bom que já oferecíamos e outras várias opções a mais”, diz.

A notícia agradou velhos clientes que já sentiam falta dos serviços oferecidos pelo balneário. Jandira Francisquini Negretti, 61 anos, da cidade de Varginha, conta que sempre vai a Caxambu e gosta de tomar banhos no balneário. “É um prédio maravilhosos e as águas são revigorantes. Saio de lá outra pessoa. Estava muito triste aquele lugar fechado. O balneário é uma parte fundamental da paisagem do Parque das Águas. Que bom que ele está de novo de portas abertas”, diz.

Depois de um belo banho e sessões de massagens, a pedida para complementar essa sensação de relaxamento e prazer pode ser calmas caminhadas pelas alamedas do parque. Elas possuem 210 mil metros quadrados e 12 fontes de águas minerais cuja beleza da arquitetura compõem o conjunto de construções históricas que integram o complexo.

Se bater o cansaço, vale sentar-se para contemplar a beleza do lago e o ir e vir dos pedalinhos com crianças a bordo, entretidas com os patos e cisnes que completam a paisagem. Tantas peculiaridades explicam porque Caxambu atrai mais de 500 mil turistas a cada ano e se mantém como uma das Estâncias turísticas mais charmosas de Minas Gerais.

Jornal Hoje em Dia - 4/06/2010 - 20:28

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Estância hidromineral totalmente revitalizada

Depois de três anos em obras e R$ 7,5 milhões, Parque das Águas de Caxambu, no Sul de MG, será reinaugurado sábado.Um novo tempo para a principal estância hidromineral de Minas e uma das maiores do mundo. Na comemoração dos 100 anos da sua construção, o Balneário do Parque das Águas de Caxambu, no Sul do estado, a 361 quilômetros de Belo Horizonte, ganhou uma completa revitalização e será reinaugurado em solenidade marcada para sábado. Entre as novidades, estão um luxuoso SPA e 16 novas banheiras de hidroterapia. Depois de mais de três anos de obras e restaurações, as termas com poderes medicinais e as construções históricas, que integram o complexo, prometem ainda mais beleza e encanto para os cerca de 500 mil visitantes, que todos os anos curtem uma das mais charmosas atrações turísticas mineiras.

O parque reúne 12 fontes de água mineral de alto poder diurético e desintoxicante, cada uma com propriedades químicas diferentes da outra, além de casas de banho, gêiseres de água fria, lago, teleférico, jardins e alamedas em 210 mil metros quadrados de área. No centro do complexo, está o Balneário Hidroterápico do Parque das Águas Lizandro Carneiro, edificação construída em 1910, com projeto do arquiteto Alfredo Burnier. Desde 2007, o prédio está sendo restaurado e será reaberto ao público com nova pintura na fachada e na parte interna e com toda a vidraçaria e ferragem recuperadas.

As banheiras de hidroterapia foram instaladas para oferecer tratamentos. A principal novidade é um charmoso SPA instalado no local, com várias piscinas de hidromassagem. Saunas e duchas também foram reconstruídas com equipamentos de última geração. Para realçar a beleza e os detalhes arquitetônicos típicos do início do século passado, foram revitalizadas as escadarias de mármore de Carrara e de ferro batido, os vidros aramados, os vitrais e claraboias, a cobertura metálica da torre do relógio, as pinturas e decoração do hall principal do balneário, além de azulejos, pisos e móveis.

O balneário também ganhou novo mobiliário, desenhado de acordo com padrões do projeto original. Os trabalhos foram acompanhados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e toda a intervenção, que incluiu obras de engenharia, paisagismo e novos equipamentos, custou R$ 7,5 milhões, investimento feito pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). “É a primeira vez que o balneário passa por uma restauração completa. A edificação, de notável importância histórica e cultural, completa a riqueza do Parque das Águas”, afirma o arquiteto da Diretoria de Conservação e Restauração do Iepha, Miguel Capobianco.

Para garantir o bom funcionamento do complexo, foi feita a troca do sistema elétrico e de iluminação, caldeiraria, drenagem pluvial e do equipamento de adução e armazenamento de águas minerais para atender o balneário. Dois novos sistemas de segurança também foram instalados no local para prevenir incêndios e danos provocados por descargas atmosféricas. “A infraestrutura foi totalmente modernizada em resposta a demandas da sociedade. O balneário é uma relíquia de Caxambu e de Minas que precisava ser revitalizada”, diz o diretor de Operações da Codemig, Marcelo Nassif.

HISTÓRIA Caxambu, palavra do vocabulário tupi que significa “água que borbulha”, integra o Circuito Turístico das Águas ao lado de outras 11 cidades, entre elas São Lourenço, Cambuquira, Lambari, Heliodora, Campanha e Soledade de Minas. Localizada num vale da Serra da Mantiqueira, a região foi um importante portão de entrada dos bandeirantes no estado, no século 18. “Além de valorizar as riquezas naturais, estamos com foco no bem-estar dos visitantes, resgatando o conceito de turismo termal, com momentos de lazer e relaxamento com águas, massagens e outros modernos tratamentos”, diz o diretor de marketing do Circuito Turístico das Águas, Maurício Gabriel Pereira